- Título: Inventores de asas, arquitetos de labirintos: Julio Cortázar e Guimarães Rosa e a estética da recepção
- Autor(es): Alexandre Amorim
- Instituição: Fundação CECIERJ
- Tipo: Educação Pública
- Data: 16/12/2008
- URL:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/48/inventores-de-asas-arquitetos-de-labirintos-julio-cortaacutezar-e-guimaratildees-rosa-e-a-esteacutetica-da-recepccedilatildeo
- Código do Recurso: 19359
- Descrição: Ao compararmos literaturas à luz da estética da recepção professada por Jauss, a análise da interseção entre obras torna-se uma provocação ao leitor quando um dos pontos em comum é a consciência da literariedade, ou do efeito estético, daquelas obras. Como afirma René Wellek, o texto literário deve ser visto como “uma totalidade diversificada, como uma estrutura de signos que, no entanto, pressupõe e requer significados e valores” (1994, p. 118), isto é, a obra presume estrutura mas também reação estética. Reconhecer a literariedade de uma obra é também entregar ao leitor a ocupação de a reescrever, ainda que apenas para si mesmo. Encontrar as interseções, sejam estas de estilos, de influências sociológicas ou psicanalíticas, não pode mais ser o único objetivo ao comparar literaturas. O efeito estético da obra também se elege como fenômeno legítimo a ser comparado entre obras. E, se estamos no nível estético, devemos concordar mais uma vez com Wellek: “os estudos literários tornar-se-ão um ato da imaginação, como a própria arte” (1994, p. 119). A comparação entre textos literários deve comportar a comparação entre os efeitos literários.
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